Você nasce artista ou se torna artista?
Lian Gaia diria que um pouco dos dois. Nascida em 1991 na periferia do Rio e Janeiro, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Gaia se encantou pela arte em suas mais variadas formas, ainda que seu acesso a elas fosse um tanto escasso. De família humilde, cresceu em uma casa de posse junto com a mãe, o padastro e os irmãos. Só aos 15 anos, pisou no teatro pela primeira vez, já no palco, estrelando uma peça produzida pela prefeitura da cidade e exibida no Sesc local.
Formada em Psicologia pela Universidade Santa Úrsula, hoje Gaia é atriz com trabalhos poéticos e performáticos apresentados em novelas, cinemas e teatros do Brasil e do mundo. Cursou a sétima Oficina de Atores da Cesgranrio e é aluna da Casa das Artes em Laranjeiras (CAL).
Entre seus trabalhos recentes, destacam-se o especial "Falas da Terra" exibido na Rede Globo; curta-metragem "Baile" Festival RePensa e Echoes Indigenous Film Festival returns to the ICA in London; a série "DOM" do Amazon Prime Video; a novela “Vai na Fé” também da Rede Globo; o filme “Eclipse” de Djin Sganzerla; o filme “Trago seu Amor” da Netflix e a Turnê internacional do espetáculo “Depois do Silêncio” dirigido por Christiane Jatahy e que rodou o mundo passando por importantes teatros como REDCAT em Los Angeles (USA) e o Wiener Festwochen, em Viena na Áustria.
Conectada com sua ancestralidade, é bisneta de Elizabeth Teixeira e João Pedro Teixeira – líder-fundador da primeira liga camponesa da Paraíba cuja vida e luta foi tema do clássico documentário “Cabra marcado para morrer” (1984) e descendente de povos indígenas do nordeste e da Amazônia. É integrante do Movimento Wayra Kunas Brasil; co-fundadora da Anauá Filmes, uma produtora audiovisual independente e idealizadora do grupo “Ensaios Ancestrais” que, durante a pandemia da covid-19, promoveu a saúde mental de mulheres indígenas da América Latina por meio de encontros online e rodas de diálogo que visavam o fortalecimento da luta e identidade dessas mulheres.
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